EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS
Tipo:
Palestra
Categoria:
SBPC Vai à Escola
Local:
Campus Planaltina - Aud 02 UAC - 1o. andar - Sala A1 - 42/32
Data e hora:
17:00 até 18:30 em 27/07/2022
A escola deve ser um ambiente de valorização permanente da diversidade, respeitando e as diferenças que constituem as singularidades de cada indivíduo e promovendo uma cultura de paz. Para tanto, é fundamental que toda comunidade escolar esteja preparada e sensibilizada a desenvolver práticas de combate aos preconceitos para que a escola possa, assim, efetivamente se constituir como um espaço de construção de igualdades. O educador Paulo Freire (1996) – pesquisador brasileiro mais lido em todo o mundo – defende a solidariedade como um compromisso histórico a ser assumido por homens e mulheres a fim de transformar a realidade da sociedade. Neste contexto, entende a sensibilidade como instrumento necessário ao educador(a). Ou seja, a forma como as questões são problematizadas aponta para dimensão estética da prática pedagógica. A partir desse compromisso histórico com a solidariedade e desse instrumento poderoso que pode ser a sensibilidade do(a) educador(a), é possível pensar uma prática que ajude a conduzir debates críticos capazes de permitir que crianças e jovens questionem valores reforçados pelo senso comum e fomente valores como tolerância, respeito, pluralidade de ideias, entre outros. A construção de uma estratégia pedagógica capaz de estimular tais questionamentos e pensamentos críticos é essencial à desconstrução de visões de mundo que reforçam o machismo, a LGBTfobia, o racismo, o preconceito regional, a xenofobia, o preconceito de classe e outras chagas que impedem a sociedade de se valer da beleza e da riqueza presentes na diversidade, no belíssimo fato de que todos e todas somos diferentes. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948, ano de fundação da SBPC, é um instrumento potente de garantia de direitos e fonte de discussão que precisa ser divulgada, observada e absorvida por crianças, jovens e adultos das diversas realidades econômicas, culturais e sociais. Promover a leitura crítica desse documento, partindo da realidade dos jovens que participarão do Projeto SBPC vai à Escola, é objetivo central dessa atividade. O fato de sermos diferentes não deve servir para que se estabeleçam diferentes papéis sociais, preestabelecidos, pois o que diferencia as pessoas não é a capacidade de realização desta ou daquela tarefa, mas as características sociais, físicas e de personalidade. Para que, considerando esta diversidade, todos e todas possam oferecer o seu melhor ao desenvolvimento da vida em sociedade, é essencial a garantia da igualdade de oportunidades. Em um país marcado por desigualdades sociais tão profundas como o Brasil, é preciso reconhecer que as diferenças existem, valorá-las positivamente e construir políticas para que as oportunidades sejam equilibradas.