Sensoriamento Remoto do Pampa

Os campos cobrem mais de 30% da superfície terrestre e têm sua importância cada vez mais reconhecida. Além de abrigarem inúmeros serviços ecossistêmicos e desempenharem papel milenar na pecuária, recentemente sua vocação no sequestro de carbono atmosférico tem sido desvendada. O sensoriamento remoto é tecnologia fundamental para o conhecimento da extensão, estado de conservação e biodiversidade dos campos, sendo usado há décadas para seu mapeamento e monitoramento. Estes mapas e propostas de monitoramento dão suporte a atividades de manejo ambiental e definição de prioridades de conservação, além de suprirem uma carência histórica de iniciativas e pesquisas com foco na vegetação campestre ou não-florestal no Brasil. O bioma Pampa faz parte dos Campos Temperados e cobre parte do Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. Sua conversão para outras coberturas, principalmente cultivos agrícolas e silviculturais, ocorre com velocidade crescente, o que nos motivou a agrupar estudos sobre a vegetação do Pampa a partir de sensoriamento remoto, de maneira a espalhar o conhecimento atual, inspirar iniciativas construtivas e mitigar a degradação do bioma.