Territórios e Saúde em Transição: Sensoriamento Remoto e as Novas Paisagens em Complexos Patológicos associados com Doenças Tropicais Infecciosas e Negligenciadas

A emergência de um novo coronavírus, o SARS-CoV-2, detectado em 31 de dezembro de 2019, abriu as portas para o adoecimento por COVID-19 em escala global, que leva a OMS, em março de 2020, a decretar a pandemia. Enquanto o vírus reforça a ideia de uma realidade invisível, microscópica, a doença revelou camadas de invisibilidades macroscópicas: manifestações socioterritoriais da pandemia da COVID19. O adoecimento, produzido pelas interdependências sociais, econômicas, ecológicas e as assimetrias individuais e coletivas, mostrou a complexidade da pandemia e as dificuldades para seu controle nos diferentes territórios. No campo teórico, o conceito de Complexo Patogênico introduzido em 1933, pelo geógrafo francês Max Sorre, já dava conta desta integralidade do problema. No campo técnico, no entanto, as oportunidades para inovação, no campo do sensoriamento remoto e da análise espacial integrada, nos métodos e ferramentas capazes de revelar as interdependências e assimetrias macroscópicas continuam a nos desafiar. Esta sessão apresenta um painel de recentes Projetos interinstitucionais, colaborativos, interdisciplinares e situados, com níveis de engajamento público, em que estão envolvidos grupos/comunidades de brasileiros, sul-americanos, europeus, africanos e estadunidenses, que aceitaram enfrentar dimensões deste desafio contemporâneo.