Sensoriamento Remoto Urbano: métodos, sensores e aplicações

Estima-se que hoje mais da metade da população do planeta vive em aglomerações urbanas, caracterizadas pela diversidade de usos e coberturas do solo: compreendem edificações (residenciais, comerciais, industriais ou institucionais), sistemas de infraestrutura e espaços livres, vegetados ou não. Como sistemas complexos, as cidades se transformam na interação entre os sistemas sociais, ecológicos e tecnológicos. Nesse contexto, o Sensoriamento Remoto Urbano abarca temas diversos, como o mapeamento da extensão e do crescimento urbano, das áreas impermeabilizadas ou de vegetação, das áreas de ocupação informal ou ilegal, das áreas de risco de desastres naturais, que devem ser enfrentados com dados e informações bi e tri-dimensionais cada vez mais precisas. Novos desenvolvimentos no campo do Sensoriamento Remoto Urbano utilizam dados de satélites orbitais de alta e altíssima resolução espacial, sensores sub-orbitais e terrestres, métodos automáticos e semiautomáticos de análise e classificação de imagens baseados em machine learning e deep learning, com a possibilidade da utilização de infraestruturas de processamento em nuvem. Esta sessão temática tem como objetivo apresentar o estado da arte em Sensoriamento Remoto Urbano e promover a discussão a respeito dos recentes avanços nas técnicas, métodos, tecnologias e aplicações relacionadas à análise e visualização de paisagens urbanas