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Lançamento Do Livro: Cobaias Da Radiação - A História Não Contada Da Marcha Nuclear Brasileira E De Quem Ela Deixou Para Trás

Tipo:

Sessão Especial

Categoria:

Sênior

Local:

Bloco I – UFPA Internacional

Data e hora:

18:30 até 3:00 em 12/07/2024

O livro releva com fotos e documentos inéditos a história da primeira instalação industrial nuclear brasileira, a Orquima, no Brooklin, São Paulo, nas décadas de 40 e 50, sucedida pela Usina de Santo Amaro (USAM) da Nuclemon e Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que deixou um rastro de mortos, desaparecidos e doentes. São eles as cobaias da radiação. Tania conta como a indústria da morte foi criada, como se estabeleceu e fechou, após denúncia que fez em 1990, publicada nos Jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, que resultou em processo movido pela fi scal do Trabalho, Fernanda Giannasi e o Sindicato dos Químicos. Depoimentos emocionantes de algumas das vítimas e familiares dos operários mortos dão a dimensão do sofrimento e de quanto eles foram enganados pelos empregadores, durante décadas. Foram quatro anos de pesquisas e entrevistas, até a finalização da obra. André Trigueiro “Uma história que permaneceria desconhecida, fossilizada na linha do tempo, não fosse o interesse da autora em procurar pessoalmente as cobaias da radiação para ouvir os seus relatos, testemunhar suas dores e as terríveis sequelas e mutilações que sofreram. Tania compartilha documentos originais, mapas e fotos que explicitam o absurdo. Os fatos apurados pela jornalista denunciam a irresponsabilidade de sucessivas administrações que negligenciaram a necessária remediação dos danos causados à saúde humana e ao meio ambiente. É inacreditável que esse passivo socioambiental permaneça impune. É inacreditável que qualquer projeto, sob qualquer pretexto, enseje tamanha desumanidade”, escreveu André Trigueiro em seu prefácio. Cristina Serra “Era uma história obscura, de tenebrosas transações, e que poucos ganharam muito dinheiro enquanto centenas de operários adoeceram e/ou morreram. Pessoas de suas famílias também foram contaminadas, já que as roupas dos trabalhadores eram lavadas em casa. Ainda hoje, os trabalhadores lutam na Justiça para ter direito a um plano de saúde que lhes garanta uma assistência minimamente decente. (...) a Orquima deixou um enorme passivo ambiental em estoques de material radioativo sujeitos à ação do tempo e do descaso. O relato sobre a indústria da morte é um capítulo vergonhoso e revoltante da história da energia nuclear no Brasil. Tania Malheiros reconstitui com obstinação e rigor, um crime de lesa-humanidade. E crimes de lesa-humanidade não prescrevem. Seu livro é um pungente libelo por Justiça”, escreveu a jornalista Cristina Serra em seu prefácio.
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