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[Remoto] Epistemologias E Políticas Travestis E Transexuais: Construindo Saberes E Práticas Contra-hegemônicas Na Ciência

Tipo:

Mesa-redonda

Categoria:

Sênior

Local:

Remoto

Data e hora:

19:00 até 21:30 em 11/07/2024

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Em diversas pesquisas acadêmicas que buscam refletir sobre as vulnerabilidades experimentadas pela população LGBTI+, as condições de vida, em especial, as experiências de violência e exclusão contra as pessoas transexuais e travestis são especialmente observadas. Uma configuração que conjuga a perda de apoio familiar, motivada pela perseguição de parentes e familiares em razão da identidade de gênero, bem como a inexistência de redes comunitárias de suporte afetivo e material, resultam, em muitos casos, na saída prematura do lar, no abandono das instituições de ensino e na exclusão dessas/es sujeitas/os em redes formais de trabalho. Nas últimas décadas, contudo, uma série de iniciativas foram tomadas buscando minorar esse quadro de vulnerabilidades. É possível citar, por exemplo, a resolução do Ministério da Educação de 2018 que autorizou o uso de nome social em registros escolares ou ainda o entendimento do Supremo Tribunal Federal que, em 2019, estabeleceu que os crimes de transfobia devem ser enquadrados como crimes de racismo, em conformidade com Lei 7.716/1989. No bojo de tais políticas de diversidade, representação e inclusão, diversas universidades também têm se movimentado. Em recente levantamento, observou-se que cerca de 40 Instituições de Ensino Superior (IES) possuem ações afirmativas para ingresso e permanência de pessoas travestis e transexuais, sobretudo na pós-graduação. Nesse ano, foi apresentado um projeto de lei (PL 3109/2023) na Câmara dos Deputados que estabelece reserva de vagas para pessoas trans e travestis nas universidades federais e demais instituições federais de ensino superior em todo o território nacional. Nos balanços acerca dos impactos da adoção das cotas socioeconômicas e raciais nas primeiras universidades, há um consenso em torno da transformação do perfil das IES e, como parte desse processo, nas contribuições epistemológicas oriundas da presença ativa, em maior número, de pobres, negras/os e indígenas nessas instituições. A mesa aqui proposta, portanto, ao se debruçar sobre o percurso, desafios e potencialidades das chamadas “políticas e epistemologias transexuais e travestis” para a ciência, tratará não só dos gargalos no acesso, permanência e na atuação desses/as como pesquisadoras/es, mas evidenciará as interpelações e proposições inovadoras que essas/es sujeitas/os podem trazer ao modo de fazer ciência no Brasil hoje.
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