Minicurso 16: O BORDADO COMO PERFORMANCE DA RESISTÊNCIA

A proposta deste minicurso é refletir sobre o bordado como ação de resistência. Com panos, agulhas e linhas em punho, faremos pontos simples em bordado livre e produziremos textualidades verbais e imagéticas de resistência. Não é preciso conhecimento prévio sobre bordado para participar. Simultaneamente estaremos discutindo a respeito de aspectos discursivos sobre o bordado, a gestualidade, a performance e o político. O bordado traz em si uma memória do feminino que o reporta ao cuidado do lar. E mesmo no lar, podemos observar furo na repetição em série, como veremos com fotos de algumas peças. Essa memória do âmbito do privado se emaranha aos fios que hoje saem à rua, ao espaço público. E desse emaranhando temos a construção de uma outra memória, a memória feminina de resistência política pelo bordado. Também observaremos peças de ação política e fotos de intervenções urbanas. E para abordar a inscrição subjetiva no discurso performático e estético do bordado de resistência, acionaremos noções teóricas como formação discursiva, pré-construído, memória discursiva e acontecimento.