Alexandre Leiras
Escrevermos sobre nós mesmos é uma tarefa ardilosa, pois ou caímos na armadilha da humildade excessiva ou na armadilha de fingirmos que alguém fala sobre nós. Enfim, tentarei não cair em nenhuma das duas. Minhas atividades na área de catálise começaram com o meu estágio no Instituto Nacional de Tecnologia, INT, no Rio de Janeiro, em 1988, sob orientação de Lúcia Appel e Caetano Moraes. Na ocasião, participar da montagem de unidades e preparo de catalisadores foi fundamental para adquirir o gosto pela área, me levando a participar de meu primeiro Seminário de Catálise do IBP no ano seguinte.
Uma vez formado em Engenharia Química na UFRJ, fui para o mestrado na UFSCar (em 1990), por indicação do querido Caetano Moraes. O trabalho foi desenvolvido em parceria com a Fábrica Carioca de Catalisadores SA, que criou um grande projeto, em parceria com programas de pós-graduação, de formação de recursos humanos na área de catálise, particularmente no estudo de zeólitas. A indicação da UFSCar nessa parceria foi do querido professor Eduardo Falabella e minha dissertação teve a orientação do Professor Dilson Cardoso e do saudoso Jorge Gusmão da Silva, então pesquisador da FCC.
Ao retornar ao Rio de Janeiro, comecei meu doutorado na Coppe/UFRJ, sob orientação do Professor José Luiz Fontes Monteiro e do pesquisador do Cenpes Yiu Lau Lam, também vinculado a um projeto da FCC. Em 1995 tornei-me professor da Escola de Química da UFRJ e, devido a várias atividades assumidas, tranquei a matrícula no Programa de Engenharia Química (PEQ) da Coppe. Ao retomar o meu doutoramento, agora não mais vinculado a projeto da FCC, tive a coorientação do meu querido e saudoso amigo professor Victor Teixeira.
Ao longo desses mais de 30 anos, participei de todos os Seminários/Congressos e dos Iberos organizados no Brasil, ocorridos desde então, além da organização de vários eventos da área, tendo uma grande atuação nas discussões para a transformação de Seminário em Congresso e depois na criação de nossa SBCat, sendo um dos primeiros associados (inscrição número 18).
Mesmo não sendo um pesquisador de destaque na área, acredito que sempre colaborei, e continuarei colaborando, para a consolidação da nossa Sociedade e para a formação de novos membros, sejam eles da área acadêmica ou do meio industrial.